Em complemento à hierarquia dos resíduos, sempre que não seja possível valorizar os resíduos de outra forma, o Confinamento Técnico (Aterros) constitui a última opção de tratamento. É de salientar a deposição negativa em aterro conseguida pela atividade de mineração. A mineração permite otimizar a reutilização de recursos naturais, pela oportunidade que se cria não só pela valorização de espaços mas pela diminuição dos impactes ambientais. Por outro lado, permite criar valor para os materiais recuperados.
CONFINAMENTO TÉCNICO E MINERAÇÃO/LANDFILL MINING AND RECLAMATION
ORIGEM DOS RESÍDUOS não perigosos:
TODOS OS RESÍDUOS QUE NÃO TENHAM OUTRA forma de VALORIZAÇÃO
origem dos resíduos perigosos:
CINZAS INERTIZADAS e outros resíduos perigosos
PROCESSO DE TRATAMENTO: DEPOSIÇÃO CONTROLADA DE RESÍDUOS
ÁREAS TÉCNICAS:
- Célula de Deposição com Sistema de Impermeabilização;
- Recolha, drenagem e encaminhamento de lixiviados;
- Estação de Tratamento de Águas Lixiviantes (ETAL);
- Unidade de mineração.
área ocupada
- Celula N.º 8 para resíduos não perigosos (em exploração):
- Celula N.º 9 para resíduos perigosos (em exploração)
CELULAS ENCERRADAS (APENAS MINERAÇÃO):
CAPACIDADE MÁXIMA DE TRATAMENTO: 755 000 toneladas
Celula N.º8 para resíduos não perigosos: 90 000 toneladas
Celula N.º9 para resíduos PERIGOSOS: 40 500 toneladas
A Mineração de Aterros, também designado como LFMR, da terminologia anglo-saxónica “Landfill Mining and Reclamation” são processos pelo qual os resíduos que tenham sido previamente depositados em bolsa são removidos e processados obtendo-se materiais recicláveis, matéria combustível e recuperando-se ainda solo.
Esta é uma lacuna estrutural que a TERAMB perspetiva colmatar, proporcionando condições para o aumento das metas de reciclagem por via da recuperação de metais. Por último, não é despiciendo referir que esta atividade se sustenta, igualmente, numa visão de racionalidade e procura da inovação no espírito da Economia Circular.
Ressalve-se que o projeto prevê a reconversão de bolsas para espaços para plantio de espécies arbóreas, destinado atualmente a aterro (e portanto sem qualquer capacidade de criação de valor), podendo ser colocadas espécies de madeira nobre de elevado valor, como carvalhos, liquidâmbares e outros para exploração florestal criando valor ambiental e que favorecerá a eliminação de um passivo ambiental muito relevante e permitirá uma valorização de resíduos na ótica de hierarquias de tratamento.




DESCRIÇÃO DO PROCESSO – células de deposição de resíduos não perigosos:
Sistema de impermeabilização: a impermeabilização de fundo da zona de deposição de RU tem como objetivo evitar a possibilidade de qualquer contaminação, quer dos solos envolventes, quer de aquíferos existentes nas suas proximidades. Assim, na base, de baixo para cima, existe:
- Geotêxtil não-tecido, agulhado, de 500 g/m2 sobre a bagacina com função de proteção da tela bentonítica;
- Barreira geológica constituída por tela bentonítica, com o mínimo de 5000 g/m2, protegida superiormente por geotêxtil não tecido de 200g /m2; e inferiormente por geotêxtil tecido de 100g /m2;
- Sobre o geossintético bentonítico está colocada uma geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD), com 2,0 mm de espessura mínima, lisa.
- Geotêxtil não-tecido, agulhado, de 500 g/m2 sobre a membrana de PEAD com função de proteção da mesma, estendido ao longo do talude por forma a assegurar uma sobreposição mínima de 0,5m;
- Geocomposto Drenante, com o objetivo de potenciar o escoamento dos lixiviados para as valas de drenagem, constituído por georrede de polietileno de alta densidade (PEAD) protegido superiormente por geotêxtil com 120 g/ m2;
- Colocação de camada mineral drenante com 0,50 m constituída por: – 0,50 m de gravilha ou material britado, não calcário D50 entre 2 a 20 mm e k 10-3 m/s;
- Geotêxtil não-tecido, agulhado, de 200 g/m2 com função de filtro na interface camada drenante – resíduos. A sua colocação assegura uma sobreposição mínima de 0,5m sobre os taludes
Taludes (de baixo para cima)
- Geotêxtil não-tecido, agulhado, de 500 g/m2 sobre a bagacina com função de proteção da tela bentonítica;
- Barreira geológica constituída por tela bentonítica, com o mínimo de 5000 g/m2 protegida superiormente por geotêxtil não tecido de 200g /m2; e inferiormente por geotêxtil tecido de 100g /m2;
- Sobre o geossintético bentonítico estácolocada uma geomembrana de polietileno de alta densidade (PEAD), com 2,0 mm de espessura mínima
- Geocomposto Drenante, constituído por georrede de polietileno de alta densidade (PEAD) protegido inferior e superiormente por geotêxtil com 120 g/m2 e 300 g/m2 respetivamente, sendo o geotêxtil superior resistente aos UV. O geotêxtil superior desempenha função de filtro e o inferior função de proteção à geomembrana

DESCRIÇÃO DO PROCESSO – células de deposição de resíduos perigosos:
Sistema de impermeabilização: As cinzas inertizadas, embora isentas de perigosidade, são depositadas numa célula com dupla impermeabilização, característica dos aterros para resíduos perigosos, de modo a prevenir qualquer possibilidade de contaminação, quer dos solos envolventes, quer de aquíferos existentes nas suas proximidades. Assim, na base, de baixo para cima, existe:
- Camada de solos compactados;
- Geocompósito bentonítico, com 4 000 g de bentonite/m2, com fibras agulhadas ao longo dos geotêxteis e uma massa por unidade de área de 5 300 g/m2, K = 10-11 m/s;
- Geomembrana lisa em PEAD, com espessura de 2,0 mm;
- Geoespaçador;
- Geomembrana lisa em PEAD, com espessura de 2,0 mm;
- Geotêxtil não tecido, em polipropileno de 600 g/m2, com funções de proteção;
- Camada com 50 cm de espessura constituída por um material drenante com K≥ 10 2 m/s;
- Geotêxtil não tecido, em polipropileno de 130 g/m2, com funções de filtro.
Taludes (de baixo para cima)
- Geocompósito bentonítico, com 4 000 g de bentonite/m2, com fibras agulhadas ao longo dos geotêxteis e uma massa por unidade de área de 5 300 g/m2, K = 10-11 m/s;
- Geomembrana lisa em PEAD, com espessura de 2,0 mm;
- Geoespaçador;
- Geomembrana lisa em PEAD, com espessura de 2,0 mm;
- Geocompósito drenante constituído por uma georrede envolta em dois geotêxteis.
